Transando o Transa

Lançado em 1972, o disco Transa, de Caetano Veloso, é um clássico da música popular brasileira e continua a ecoar pelos ouvidos atentos de quem tem ânsia por uma escuta alternativa. Com influência sob os ares de Londres, num exilio dado a Caetano Veloso na época da ditadura militar, o álbum é uma obra prima, intercalado com letras em inglês e português, regado a diferentes ritmos como o baiano, o rock and roll e o reggae, descoberto pelo próprio compositor na famosa rua Portobello Road, no bairro de Notthing Hill, oeste da capital britânica. 

Revisitar o Transa é relevante no sentido de valorização da obra, dando continuidade a uma estética sonora experimental e autêntica, que carrega os elementos que formam a personalidade forte de Caetano Veloso. Influenciada pela música brasileira e suas misturas, a cantora Graziela Medori se apaixonou pelo disco, descendo a rua Portobello Road, em Londres, onde esteve em 2017. É uma viagem no tempo, mais precisamente, uma retomada na década de 70, dando contraste entre um período efervescente culturalmente na Europa e um Brasil tomado por um regime ditatorial. 

A cantora e o estúdio Mandril se juntaram para mergulhar nesse universo musical e artístico, apresentando as canções com novos elementos e novos arranjos, sem perder a essência dos feitos originalmente pelos músicos Jards Macalé, Tutti Moreno, Moacyr Albuquerque e Áureo de Souza. Quem assina a produção do disco é o guitarrista Rodrigo Ramos e a cantora Graziela Medori. Transando o Transa, é uma viagem atual, democrática e original, que chega com base no rock e na força percussiva dos ritmos brasileiros. 

Ficha técnica

Produção: Rodrigo Ramos e Graziela Medori

Gravado na Mandril Áudio por Bruno Pontalti, Eduardo Bolzan, Gabriel Garone e Rodrigo Ramos

Mixado e Masterizado por Bruno Pontalti

Bateria e Percussão: Pedro Michelucci

Baixo: Eduardo Bolzan

Guitarra, Violão, Escaleta, Backing Vocal: Rodrigo Ramos

Samples e Programações: João Bolzan

Voz e backing vocals: Graziela Medori  

Sobre Graziela Medori

Graziela Medori, filha da consagrada cantora Claudya e do instrumentista Chico Medori, começou profissionalmente na música aos 16 anos. O primeiro trabalho da cantora saiu pela gravadora Lua Music em 2011 e trouxe participações especiais de Oswaldinho do Acordeon, Dominguinhos e Fernando Nunes, com direção e arranjos de Chico Medori.  Quatro anos mais tarde, seu segundo disco, Toma Limonada (2015), traz regravações de importantes compositores da MPB como Marcos Valle, Lô e Marcio Borges além de Raul Seixas, bem como as inéditas, Nada Mais Que Cinema de Thiago Pimentel e Radical, de Claudya, em parceira com Luiz Carlos e destaque do cantor Seu Jorge como convidado na faixa título. Além de dois discos lançados, Graziela tem em seu currículo participação em diversos projetos como o Literalmente Loucas, uma homenagem a cantora Marina Lima, 100 anos de Ataulfo Alves e É Melhor Ser Alegre Que Ser Triste, um espetáculo dedicado ao poeta Vinícius de Moraes, ao lado de Jane Duboc e Juan Alba.