Tempo de Paz

Encontro inédito marca a parceria do violeiro Chico Lobo com o cantor e músico Zé Alexandre, dois grandes artistas com imensa estrada e atuação na música brasileira. Eles se conheceram em festivais e o respeito e a admiração ao trabalho de cada um foi se maturando com o tempo até começarem a compor juntos. Da união de ideias nasce o álbum Tempo de Paz, projeto que começa com a criação da canção Esperança, uma belíssima folia, que marca o início da parceria dos músicos, a terceira faixa do CD. Mas foi em Tempo de Paz, uma toada emocionante, que dá nome ao disco, que desencadeou todo o processo da colaboração dos artistas para chegar ao álbum com 11 canções. A letra da faixa título fala de valores de bem, da necessidade de um tempo de paz, tão necessário nesse nosso cotidiano tão avassalador e violento. Melodia e letra marcam a decisão dos dois artistas de levarem para as pessoas os valores incrustados num Brasil profundo e que os grandes centros urbanos necessitam urgentemente revisitar. O álbum Tempo de Paz foi gravado no início do ano 2018 no Studio Araras, região serrana do Rio de Janeiro. O disco tem produção musical de Sérgio Lima Netto e do violeiro Chico Lobo, com lançamento e distribuição nacional pela gravadora Kuarup no formato físico e digital. O disco conta com valiosas participações especiais como a do violoncelista inglês David Chew em dois arranjos especiais pra cello de Blas Rivera especialmente para o trabalho, a participação do percussionista Carlinhos Ferreira, o violão de 12 e bandolim de Sérgio Chiavazolli e a gaita do músico Milton Guedes. O repertório passa por três parcerias inéditas de Chico Lobo e Zé Alexandre nas canções: Esperança, Tempo de Paz e Estradar, músicas inéditas de Chico Lobo, como Viola de Minas e Cantoria, músicas inéditas de Zé Alexandre, que no seu ecletismo musical, visita sua regionalidade nesse encontro com Chico Lobo trazendo Aboio de Gratidão, Cadim de Vida, Terra Mãe Terra Pai e Canto de Folia. O clássico Bandolins, música de Oswaldo Montenegro, defendida por ele e o parceiro Zé Alexandre no Festival da TV Tupi de 1979 e que marcou época, está presente na abertura do CD, ganhando um arranjo inédito de viola caipira. O CD encerra com a releitura de Cruzada, clássico da dupla Tavinho Moura e Márcio Borges. Brasilidade é a palavra que define o encontro de Chico Lobo e Zé Alexandre. A vida dos dois artistas é a estrada e nesse estradar, ao se encontrarem e cantarem suas raízes, a conexão se faz imediata. São sentimentos de bem, valores de um Brasil profundo conectados com a contemporaneidade. Trabalho que emociona e prima pela boa qualidade musical e poética.

Sobre Chico Lobo

Natural de São João Del Rei o violeiro Chico Lobo tem mais de 30 anos de carreira e é considerado pela crítica como um dos artistas mais atuantes no cenário nacional na divulgação e valorização da cultura de raiz brasileira. Com mais de 20 CDs lançados, dois DVDs, livro e shows por todo o Brasil e diversos países como Portugal, Itália, China, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, o músico canta suas raízes e as conecta com nossa contemporaneidade. Folias, catiras, modas, batuques, causos e toques de viola, desfilam com alegria em suas apresentações. Venceu por três vezes consecutivas (2015, 2016 e 2017) o Prêmio Profissionais da Música como Melhor Artista Regional, prêmio que acontece anualmente em Brasília. O artista mantém em sua cidade natal o projeto Ensino de Viola nas Escolas Rurais parceria do seu Instituto Chico Lobo, com a administração pública da cidade mineira de São João Del Rei. Em 2015 a cantora Maria Bethânia escolheu sua cantiga Criação, para compor o repertório de seu show e DVD Abraçar e Agradecer, comemorando os 50 anos de carreira. Depois Bethânia, gravou participação no álbum Viola de Mutirão, cantando a moda de viola Maria, que Chico Lobo fez em sua homenagem. Apresentador de TV, de rádio, produtor musical, escritor, cantor, o violeiro inquieto faz com que sua obra torne a aldeia global mais caipira.

Sobre Zé Alexandre

Compositor, intérprete, músico e arranjador. Carioca da Tijuca, porém criado em Brasília, começou a tocar percussão e a fazer vocais nos shows de Oswaldo Montenegro. Daí surgiu uma grande parceria que rendeu muitos frutos. Foram inúmeros musicais, que de tamanho sucesso, se estenderam para os álbuns e os grandes festivais televisionados, com destaque para a canção Bandolins, interpretada e consagrada por ambos no Festival da TV Tupi de 1979. Em meados dos anos 80 começou a escrever suas próprias canções e outras em parceria com Oswaldo Montenegro, que em função da carreira solo, passa a compor cada vez mais. Emplacou a música Estrelas, do parceiro, no Festival MPB Shell da Rede Globo. Tem quatro discos gravados: Alma de Músico, Zé Alexandre ao Vivo, Olhar Diferente e Arruar. Lançou recentemente o projeto Pedrinho E O Formigueiro, Livro e CD infantil feitos em parceria com Fernando Eugênio, com músicas de sua autoria interpretadas por Sandra de Sá, Luís Melodia, Oswaldo Montenegro, Eduardo Dussek, Léo Gandelman, Eduardo Canto e também pelo próprio Zé Alexandre.  É músico do projeto A História Dos Festivais De MPB em parceria com Luciano Thel, interpretando as canções que marcaram a história da música popular brasileira.

Somando aos projetos já existentes, Zé Alexandre é um dos maiores vencedores de festivais de música por todo o Brasil, com presença marcante e voz que emociona. Atualmente residindo em Minas Gerais, continua lotando as casas de shows onde toca e vencendo a grande maioria dos festivais dos quais participa.