
Pianismos do Brasil – Vol. 2 – Nabor Pires Camargo
Gênero: MPBA partir de dezembro de 2021, numa iniciativa inédita, o Instituto Piano Brasileiro – IPB, sob a direção do pianista e pesquisador Alexandre Dias, convidou o músico Marco Bernardo para realizar até o presente momento a gravação das mais representativas obras de dez compositores referenciais ligados ao piano brasileiro, em sua maioria intérpretes do instrumento, em suas versões originais e inéditas para piano, selecionadas a partir do acervo do Instituto e gerando videopartituras disponíveis no canal do IPB através de playlists dedicadas a cada autor.
A Kuarup, gravadora conhecida pela dedicação à boa música brasileira, soube da iniciativa e, imediatamente, decidiu encampá-la, levando-a ao grande público, distribuindo este projeto em formato de série nas plataformas digitais. Até o momento, a imensa maioria dessas partituras jamais havia sido gravada da maneira como foram escritas para piano. Agora, pela primeira vez e graças a essa prolífica parceria entre o IPB e o pianista Marco Bernardo, apadrinhada pela Kuarup, poderemos ouvir o pianismo desses verdadeiros mestres, responsáveis pelo estabelecimento dos padrões da música popular brasileira tal como a conhecemos hoje.
O álbum Pianismos do Brasil Volume 1 – Sinhô, que estreia o projeto dos dez compositores, será lançado no dia 14 de outubro pela Kuarup com exclusividade nas plataformas digitais, e traz gravações de dezesseis das mais representativas músicas de José Barbosa da Silva (1888-1930), conhecido por Sinhô, o grande pianeiro carioca aclamado O Rei do Samba. Antecedendo o disco, foram lançados dois singles do álbum: as músicas Jura! e Gosto Que Me Enrosco. Autor destes e outros sucessos, o compositor ganha disco com suas versões originais e inéditas para piano, selecionadas a partir das 107 partituras do músico resgatadas até o momento e disponibilizadas pelo IPB em sua página através do link: http://institutopianobrasileiro.com.br/post/visualizar/107_partituras_de_Sinho_Jose_Barbosa_da_Silva_agora_disponiveis, e gerando videopartituras disponíveis no canal do IPB através do link: https://youtube.com/playlist?list=PLKya-u1rrLopagtLLUx6Q6t14AOcHBPiv.
A cada dois meses, será lançado um novo volume, sempre com dois singles antecedendo o álbum, com previsão da 10ª e última edição para abril de 2024. Neste mês de dezembro de 2022 o segundo disco é Pianismos do Brasil – Volume 2 – Nabor Pires Camargo. Após uma pausa no começo do ano, em fevereiro de 2023, o terceiro álbum, Pianismos do Brasil – Volume 3 – Hekel Tavares. Em abril, é a vez da estreia do quarto trabalho, Pianismos do Brasil – Volume 4 – Carolina Cardoso de Menezes. O mês de junho traz o lançamento do quinto projeto, Pianismos do Brasil – Volume 5 – Ary Barroso. Em agosto, será o lançamento do sexto disco, Pianismos do Brasil – Volume 6 – Lina Pesce. Outubro marca a sétima edição de Pianismos do Brasil – Volume 7 – Aurélio Cavalcanti. Em dezembro de 2023, a estreia do álbum Pianismos do Brasil – Volume 8 – Costinha. 2024 reserva o lançamento do nono trabalho, Pianismos do Brasil – Volume 9 – Augusto Vasseur e, como último lançamento, para fechar a série, a décima edição de Pianismos do Brasil – Volume 10 – Lamartine Babo estreia em abril de 2024 nas plataformas digitais.
O repertório do primeiro álbum inclui clássicos como o samba-canção Jura! (1928), o choro-canção Gosto Que Me Enrosco (Florzinha), de 1928-9, a marcha carnavalesca O Pé de Anjo, de 1919, o samba carioca Quem São Eles? (Não Era Assim Que Meu Bem Chorava), de 1918, o samba do partido alto Que Vale A Nota Sem o Carinho da Mulher? de 1928, o sambinha Sabiá (Schiu! Schiu!), de 1927, o samba-canção Deus Nos Livre dos Castigos das Mulheres… (O Preto Que Tinha Alma Branca), de 1928, e o samba do partido alto Fala Meu Louro, de 1919, além de duas curiosidades musicais: o choro Kananga do Japão, composto entre 1918 e 1919 e, graças a Pixinguinha que a guardou de memória e gerou uma partitura, foi apresentado com o seu famoso Grupo da Guarda Velha em um programa radiofônico da Rádio Tupi nos anos 1950 e o ragtime Pianola, que encerra o álbum, composto em 1919 e guardado de memória por Augusto Vasseur, pianista, violonista, compositor, professor e amigo de Sinhô, que veio a registrá-lo em seu LP de 10 polegadas Sala de Espera do Cine Avenida, pela gravadora Sinter, em 1957, cuja partitura foi tirada de ouvido e editorada por Alexandre Dias. Até o momento, as partituras de Sinhô jamais haviam sido gravadas da maneira como foram escritas para piano. Assim, pela primeira vez, poderemos ouvir o pianismo de Sinhô, que possui um estilo virtuosístico marcado por vários ornamentos, saltos na mão esquerda, além dos baixos característicos. Sim, Sinhô! Viva, Sinhô!
Pianismos do Brasil
Sobre o calendário de lançamento dos dez álbuns da série
- Sinhô – Outubro de 2022
(* singles)
- Jura! – samba-canção (1928)*
- Gosto Que Me Enrosco (Florzinha), choro-canção (1928-9)*
- O Pé de Anjo, marcha carnavalesca (1919)
- Quem São Eles? (Não Era Assim Que Meu Bem Chorava), samba carioca (1918)
- Ora Vejam Só, samba (1927)
- Cauã, valsa-choro (1929)
- Alivia Estes Olhos, samba-médio (1920-1)
- Que Vale a Nota Sem o Carinho da Mulher?!…, samba do partido alto (1928)
- Tirando o Retrato (Nacimento, Óia Ele Óia Ele), samba carioca (1919)
- Sabiá (Schiu! Schiu!), sambinha (1927)
- Deus Nos Livre dos Castigos das Mulheres… (O Preto Que Tinha Alma Branca), samba-canção (1928)
- Fala Meu Louro, samba do partido alto… (1919)
- A Favela Vai Abaixo!…, samba-choro (1927)
- Viva à Penha!…, samba (1926)
- Kananga do Japão, choro (1918-9)
- Pianola, ragtime (1919)
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- Nabor Pires Camargo – Dezembro de 2022
(* singles)
- Produto Nacional, choro*
- Espanta Vaca, samba (c/ Zé Caipora)
- Nosso Café, samba paulista (c/ Dieno Castanho)
- O Cavanhaque do Bode, samba
- Mamãe Me Leva, maxixe 1926 (c/ Dieno Castanho)
- Coitado do Juca Pato!, maxixe (c/ Dieno Castanho)
- Tamoio (I dos Choros brasileiros para piano (1945))
- Indiferente (II dos Choros brasileiros para piano (1945))
- Granfino (III dos Choros brasileiros para piano (1945))
- A Polca da Princesa, polca
- Brasília, valsa
- Caindo das Nuvens, valsa*
- Cleonice, valsa
- Luar de Indaiatuba, canção (c/ Cleonice Mattioli Camargo)
- Lamentos de um Sino, tango (c/ Dieno Castanho)
- Chorinho da Velha Guarda, choro
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- Hekel Tavares – Fevereiro de 2023
(* singles)
- Funeral d’Um Rei Nagô (Canto de Alufá) (c/ Murillo Araújo)*
- Sabiá, canção regional do Brasil (c/ Joracy Camargo)
- Bahia, característica (c/ Alvaro Moreyra)
- O Leilão (das Cenas Coloniais 1870) (c/ Joracy Camargo)
- Côco de Minha Terra (Biá-ta-tá) (c/ Jorge D’Altavilla)
- O Carreiro, toada (da série das Cenas Sertanejas) (c/ Olegário Mariano)
- Meu Barco É Veleiro (sobre tema alagoano) (c/ Olegário Mariano)
- Cariocadas…, cateretê (c/ Lamartine Babo)
- Casa de Caboclo, canção brasileira (da Série Regional) (c/ Luiz Peixoto)
- Favela, em ritmo de samba-canção (c/ Joracy Camargo)
- Azulão, canção (c/ Luiz Peixoto)
- Cantiga de Nossa Senhora (c/ Luiz Peixoto)
- Me Deu Uma Vontade de Chorá… (nº 3 da Série Regional) (c/ Luiz Peixoto)
- Dança Negra (c/ Sodré Viana)
- Banzo (c/ Murillo Araújo)
- Guacyra, canção (c/ Joracy Camargo)*
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- Carolina Cardoso de Menezes – Abril de 2023
(* singles)
- Salada Chinesa, fox-trot (c/ Victorio Lattari)
- Eu Sou do Barulho, choro
- Já Fui Feliz, canção (c/ Saint Clair Senna)
- Gauchita Formosa, canção riograndense (c/ Zeca Ivo)
- Meu Limão, Meu Limoeiro, côco (Arr.: Carolina Cardoso de Menezes)
- Ausência, fox-canção (c/ Elza Marzullo)
- Carioca, batuque
- Baiano, batuque
- Paulista, batuque
- Mineiro, batuque
- Matogrossense, batuque
- Gibi Bacurau, côco
- Ping Pong, choro
- Tudo Cabe Num Beijo, fox-canção (c/ Oswaldo Santiago)
- Preludiando, fox*
- Jura (Sinhô) / Morena Boca de Ouro (Ary Barroso), sambas (Arr.: Carolina Cardoso de Menezes)*
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- Ary Barrosso – Junho de 2023
* singles)
- Morena Boca de Ouro, samba
- No Rancho Fundo, samba-canção (c/ Lamartine Babo)*
- Na Baixa do Sapateiro, samba-jongo
- Maria, samba saudoso (c/ Luiz Peixoto)
- Canta Maria, valsa
- Os Quindins de Iaiá, samba
- Camisa Amarela, samba
- Dá Nela!…, marcha carnavalesca
- Folhas Mortas, samba-canção
- Oh!… Nina!…, fox-trot (c/ Lamartine Babo)
- Boneca de Piche, cena carioca (c/ Luiz Iglesias)
- Risque, samba
- No Tabuleiro da Baiana, samba-jongo
- Foi Ela!, samba
- Terra seca, samba
- Aquarela brasileira, samba estilizado*
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- Lina Pesce – Agosto de 2023
(* singles)
- Bem-te-vi Atrevido, choro*
- Momentos Felizes, valsa*
- Pintassilgo Apaixonado, choro
- Prelúdio ao Sonho, valsa
- Corruíra Saltitante, choro
- Por Um Olhar, valsa
- Insinuante, choro
- Serenamente, valsa
- Elegante, choro
- Anoitecendo, valsa
- Saudoso, choro
- Quase Um Sonho, valsa
- Tangará na Dança, choro
- Valsa Triste, valsa
- Delicioso, choro
- Encantamento, valsa
- Canarinho Gracioso, choro
- Alma Inquieta, valsa
- Deslizando, choro
- Melancolia, valsa
- Sabiá Feiticeiro, choro
- Folhas Esparsas, valsa
- Choro-Fantasia, choro
- Doce Recordação, valsa
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- Aurélio Cavalcanti – Outubro de 2023
(* singles)
- Faísca, polca*
- Artística, valsa
- Meu Viver, schottisch
- Animadora, quadrilha
- O Maxixe
- Soledad, valsa espanhola
- Travesso, tango
- Bohème, valsa lenta
- Muchacha, valsa espanhola*
- Rosita, Habanera
- Quando Te Casas?, polca-tango
- Miss, pas de quatre
- Noblesse, gavota
- A Boro-boracica, tango
- Pequetita, schottish
- Querida, valsa
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- Costinha – Dezembro de 2023
(* singles)
- Quem Paga É O Coronel!…, marcha carnavalesca*
- Amor Profanado, samba
- Boas Falas, Schottisch
- Viver Entre Flores, valsa
- Proezas do Coração, polca-tango
- Seu Mané Tem Pé de Anjo, choro carioca (imitação de trombone e cavaquinho)
- Baiana, Olha Pra Mim!…, samba sertanejo
- Quando Falas, valsa lenta (c/ Plínio Borgéeo)
- Alerta!…, ragtime
- Deixa Disso… Baiano!, samba carnavalesco
- Jupe-Culotte, polca
- Heroína, schottisch
- Supremo Amor!, valsa
- Que Tentação!, polca-tango
- Dinheiro em Cacho, marcha carnavalesca
- Tenho Um Desejo…, samba choroso (c/ Cícero de Almeida (Baiano))*
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- Augusto Vasseur – Fevereiro de 2024
(* singles)
- Jongo*
- Risos, fox-trot (c/ Lamartine Babo)
- Mística, valsa lenta
- O Que Foi que Eu Fiz?, fox-blue canção
- Tu, tango dolente
- Sonho Egípcio, fox-trot oriental (c/ Lamartine Babo)
- Como É o Nome de Papai?, canção
- Café Pra Um, fox-trot meio blues (c/ Lamartine Babo)
- Encantos, black-bottom (c/ Lamartine Babo)
- Isso Não Se Faz, samba-canção*
- Um Olhar…, fox-trot
- Nostálgica, valsa lenta
- Anhangá (Diabos Vermelhos), fox-trot (c/ De Castro e Souza)
- Uma História, canção (c/ Pandiá Pires)
- Nas Serras Mineiras, fox-trot
- O Galo, embolada estilizada (c/ Luiz Peixoto)
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- Lamartine Babo – Abril de 2024
(* singles)
- Mais Uma Valsa… Mais Uma Saudade (c/ José Maria de Abreu)
- A… E… I… O… U…, marchinha colegial (c/ Noel Rosa)*
- Chegou a Hora da Fogueira, marcha
- Hino do Carnaval Brasileiro, hino-marcha
- Isto É Lá Com Santo Antonio, marchinha-canção
- Jou-Jou e Balangandans, marcha-cançoneta
- Lua Cor de Prata, samba-canção
- Perdão Amor, foz-blue
- Rapsódia Lamartinesca
- Rapsódia Lamartinesca Nº 2
- Ride Palhaço…, marcha-ópera
- Serra da Boa Esperança, samba-canção
- Só Nós Dois no Salão… (E Esta Valsa)
- Marchinha do Grande Galo (c/ Paulo Barbosa)
- Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda, valsa (c/ Francisco Mattoso)*
- Alma dos Violinos, valsa (c/ Alcyr Pires Vermelho)
Sobre os compositores
- Sinhô, pseudônimo de José Barbosa da Silva, é natural do Rio de Janeiro (RJ), nascido em 18 de setembro de 1888 e falecido em 4 de agosto de 1930. Compositor dos primórdios do samba, cujas músicas foram publicadas entre 1917 e 1930, das quais se destacam Jura!, Gosto Que Me Enrosco e Kananga do Japão, frequentador das reuniões na casa da Tia Ciata e pianista das lojas de instrumentos e editoras de partituras Casa Beethoven e Carlos Wehrs, tocava (inclusive violão) em clubes carnavalescos como Kananga do Japão e Ameno Resedá.
- Nabor Pires Camargo é natural de Indaiatuba, no interior de São Paulo, nascido em 9 de fevereiro de 1902 e falecido em Mococa (SP), em 3 de outubro de 1996. Um dos maiores clarinetistas brasileiros, atuante na Orquestra Sinfônica de São Paulo desde a sua fundação até se aposentar, e autor do Método Para Clarineta, o mais conhecido de todos já publicados. Pianista e compositor, detentor de uma destacada produção que abrange dos anos 1920 aos anos 1970 e destaca títulos como O Cavanhaque do Bode e Coitado do Juca Pato. Marco Bernardo é seu biógrafo, tendo publicado pela editora Irmãos Vitale o livro Nabor Pires Camargo, Uma Biografia Musical em 2002, ano do centenário de Nabor.
- Hekel Tavares, natural de Rio Largo, em Alagoas, nascido em 16 de setembro de 1896 e falecido no Rio de Janeiro, em 8 de agosto de 1969. Importante compositor, maestro e arranjador. Expoente da canção de câmara brasileira com temática folclórica e urbana, tendo produzido cerca de 100 obras eruditas e populares, das quais se destacam Casa de Caboclo, Azulão, Guacyra e Funeral d’Um Rei Nagô, que se tornaram carros-chefes do repertório de importantes cantores eruditos e populares. Compostas originalmente no formato para canto e piano, dezesseis delas foram vertidas para piano solo por Marco Bernardo a pedido do IPB.
- Carolina Cardoso de Menezes é natural do Rio de Janeiro, nascida em 27 de maio de 1913 e falecida em 31 de dezembro de 2000. Compositora e pianista, conhecida pelos foxes Preludiando e Tudo Cabe num Beijo, pertencia ao “clã” dos Cardoso de Menezes, família de ótimos pianistas e compositores, a exemplo de seu pai, Oswaldo Cardoso de Menezes, compositor e pianista popular famoso, e demais familiares por parte de pai e mãe. É uma das mais representativas expressões do chamado “pianismo brasileiro”. Marco Bernardo, assim como para Lina Pesce, lhe dedicou uma biografia, fruto de uma Bolsa Vitae de Artes e ainda não publicada.
- Ary Evangelista Barroso é natural de Ubá (MG), nascido em 7 de novembro de 1903, e falecido no Rio de Janeiro, em 9 de fevereiro de 1964. Um dos mais importantes compositores da história da música popular brasileira. Ficou famoso no Brasil e no mundo por seu samba Aquarela do Brasil, composto em 1939 e considerado como a música do século, uma expressão dos chamados sambas-exaltação, além de outros clássicos como: Na Baixa do Sapateiro, Risque, No Rancho Fundo, Camisa Amarela, Folha Morta e No Tabuleiro da Baiana entre outros.
- Lina Pesce, pseudônimo de Magdalena Pesce Vitale, é natural de São Paulo, capital, nascida em 26 de janeiro de 1913 e falecida em 30 de junho de 1995. Compositora e pianista, imortalizou-se através de sua “série dos pássaros”, que inclui choros conhecidos nacional e internacionalmente como Bem-te-vi Atrevido e Tangará na Dança. Marco Bernardo lhe dedicou uma biografia, fruto de uma Bolsa Vitae de Artes e ainda não publicada.
- Aurélio Bezerra Cavalcanti de Sá é natural do Rio de Janeiro, nascido em 9 de junho de 1874 e falecido em 15 de novembro de 1916. Compositor, maestro e pianista brasileiro atuante no início do século XX, foi um dos “pianeiros” de destaque no Rio de Janeiro do período, ao lado de nomes como Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth, tendo como maior sucesso a valsa espanhola Soledad.
- Costinha, pseudônimo de José Francisco da Fonseca Costa, é natural do Rio de Janeiro, tendo falecido nessa cidade em 1938. Prolífico pianista e compositor atuante nos anos 1910, é mencionado por Alexandre Gonçalves Pinto, o Animal, em seu livro O Choro: Reminiscências dos Chorões Antigos. “Este inveterado pianista foi um dos afamados e admirados. Tocava com grande perfeição e arte de admirar os seus congêneres, tal a rapidez nos seus dedos, no seu instrumento, que ele eletrizava.“ Autor de composições notórias como as marchas Quem Paga É o Coronel e Dinheiro em Penca, os sambas Baiana Olha Pra Mim e Deixa Disso… Baiano, e a valsa Quando Falas, é considerado, segundo Alexandre Dias, “um elo de transição e ligação entre a maturidade de Ernesto Nazareth (nos anos 1910) e o surgimento de Sinhô (nos anos 1920), quando o choro e o samba estavam se consolidando, fazendo um caminho semelhante ao de Eduardo Souto ao começar com gêneros imperiais e terminar com gêneros carnavalescos”.
- Augusto Vasseur é natural do Rio de Janeiro, nascido em 3 de setembro de 1899 e falecido em 8 de dezembro de 1969. Pianista e violinista que chegou ao posto de primeiro violino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde ficou até se aposentar. Foi um dos instrumentistas mais requisitados pelas orquestras a partir da década de 1920, no Rio de Janeiro, e nos anos 1920 e 1930. Atuou também como compositor, sobretudo para o teatro de revista, cuja produção, gravada por cantores como Francisco Alves e Aracy Cortes, destaca sambas, valsas, choros, canções e até um jongo. Confidenciou ao musicólogo Ricardo Cravo Albim que, dentre todos seus alunos ao piano, o mais cheio de bossa e de ritmo foi Sinhô, o José B. da Silva, a quem considerava um dos expoentes máximos do samba brasileiro.
- Lamartine de Azeredo Babo é natural do Rio de Janeiro, nascido em 10 de janeiro de 1904 e falecido em 16 de junho de 1963. Um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos. Mesmo tendo sido um leigo em técnica musical, criou melodias resultantes de seu espírito inventivo e versátil, bem como letras em que predominavam o humor refinado e a irreverência. Através de suas marchinhas carnavalescas, cantadas até hoje, como O Teu Cabelo Não Nega, Grau 10, Linda Morena e A Marchinha do Grande Galo, seu nome se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval. E, além de seus célebres hinos de clubes de futebol, sua produção compreende gêneros com o samba e a valsa, caracterizada por grandes sucessos tais como a valsa Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda e o samba Serra da Boa Esperança.
Sobre Marco Bernardo
Natural de São Paulo, capital, nasceu em uma família de talentosos músicos pelo ramo paterno, que muito o influenciaram: seu tio Ciccillo (Francisco Bernardo) foi violinista-spalla das orquestras Sinfônica Brasileira (OSB) e da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, além de músico requisitado em importantes gravações nas décadas de 1940 a 1960. Já seu tio Arthur Bernardo foi violonista, vocalista, compositor e um dos fundadores do célebre conjunto Demônios da Garoa. Estudou piano com os professores Rosa Lourdes Civile Melitto, Lourdes França, Gilberto Tinetti e Lina Pires de Campos. É diplomado em Licenciatura em Educação Artística com Habilitação em Música pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Músicas
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Choros Brasileiros para Piano: 1. Tamoio (1945)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Choros Brasileiros para Piano: 2. Indiferente (1945)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Choros Brasileiros para Piano: 3. Granfino (1945)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Coitado do Juca Pato! maxixe (1925)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Produto Nacional, choro (1977)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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O Cavanhaque do Bode, samba (1926)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Cleonice, valsa (1929)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Mamãe Me Leva, maxixe (1926)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Chorinho da Velha Guarda, choro (1964)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Espanta Vaca, samba (1927)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Luar de Indaiatuba, canção (1975)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Nosso Café, samba paulista (1928)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Venenoso, choro (1934)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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A Polca da Princesa, polca (1955)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Chorar Faz Bem, choro (1977)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo
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Caindo das Nuvens, valsa (1930)
Intérprete: Marco Bernardo Autoria: Nabor Pires Camargo