Ensemble Choro Erudito

A palavra diálogo é o norte que une esse trio formado por Ricardo Valverde, Wanessa Dourado e Marcos
Paiva. É um diálogo entre a música de concerto e seus instrumentos, como o vibrafone, o violino e o
contrabaixo, com a música popular; sua brejerice e malícia.
A música de Dvorak, Villa Lobos, Guarniere e Fernandez se entrelaça a compositores populares como
Pixinguinha, Lô Borges, Jacob e Waldir Azevedo, e ressalta que a força da música está no intérprete. A
sonoridade de instrumentos tão femininos embala a imaginação de nós, ouvintes.
A conversa criada entre esses três músicos produziu uma sonoridade calma e serena, porém que guarda
sua força em momentos como a Dança Negra, de Guarniere ou Implicante, de Jacob do Bandolim.
Ensemble Choro Erudito apresenta o seu primeiro CD homônimo com um diálogo doce e reflexivo entre
o choro e a música de concerto.

Ficha Técnica
Direção Musical: Ensemble Choro Erudito
Produção Musical: Ricardo Valverde e Marcos Paiva
Arranjos: Ensemble Choro Erudito, exceto Trenzinho do Caipira/Trem Azul, por Ricardo Valverde, e
Dança Negra e Velha Modinha, por Marcos Paiva.
Gravação e Mixagem: Abril de 2019 no Estúdio Space Blues por Alexandre Fontanetti
Masterização: Agosto de 2019 no Estúdio Reference Master por Homero Lotito
Capa e Designer Gráfico: Guilherme Valverde
Dados da Gravadora (para preencher)
Músicas Escolhidas pelo grupo: Brejeiro (Ernesto Nazareth) e Trenzinho do Caipira + Trem Azul
(Villa-Lobos + Lô Borges e Ronaldo Bastos)
Brejeiro – Música de Ernesto Nazareth, um clássico muito presente nas rodas de choro é a abertura do
disco do Ensemble Choro Erudito. Ernesto Nazareth era pianista e compôs sua primeira música aos 14
anos, a polca-lundu “Você bem sabe”. Foi um músico muito importante para a construção do Choro.
Ainda me Recordo – é a segunda música do disco, composta por Pixinguinha, um dos maiores nomes da
música brasileira de todos os tempos. Consolidou e renovou o repertório do gênero com clássicos como
Carinhoso, Um a zero e Ainda me Recordo. O arranjo do trio foi pensado coletivamente mantendo a
essência da linguagem sem se prender a ela.

Dvorak: Dança Eslava (Opus 72 No. 10) – faz parte de uma série de dezesseis peças orquestrais,
composta por Dvorak em 1878 e 1886, fruto do nacionalismo europeu da época. O arranjo foi inspirado
na versão de Altamiro Carrilho no disco “Clássicos em Choro, vol. 2” que faz menção a essa mistura do
erudito e popular.
Bachianas Brasileiras No. 5 Aria (Cantilena) – Composta por Heitor Villa Lobos, amigo dos chorões da
época, trouxe a regionalidade brasileira para as salas de concerto. Foi o maior expoente do nacionalismo
musical brasileiro.
Implicante – Não podia faltar a música de Jacob do Bandolim nessa mistura do erudito e popular. Jacob
foi um exímio músico e compositor, muito a frente do seu tempo, fez muitos registros de suas músicas,
ensaios e arranjos, o que possibilitou um grande acervo para a história do Choro.
Dança Negra – Por Camargo Guarnieri, um compositor que tinha muita influência do folclore brasileiro, a
Dança Negra foi composta originalmente para piano. O arranjo do contrabaixista Marcos Paiva, destaca a
linha do baixo e a melodia principal como um mantra alcançando um ápice com a improvisação de
Wanessa(violino) e Ricardo(vibrafone)
Bachianas Brasileiras No. 2: O Trenzinho do Caipira/Trem Azul – No arranjo do vibrafonista Ricardo
Valverde, os dois trens brasileiros se encontram, O Trenzinho do Caipira(Heitor Villa Lobos) e o Trem
Azul(Lô Borges e Milton Nascimento), trazendo um processo de experimentação de timbres diferentes,
ruídos no instrumento e a voz instrumental.
Velha Modinha – Velha modinha, arranjo do Marcos Paiva, composta pelo compositor carioca Lorenzo
Fernandez. Lorenzo, foi diretor e fundador do Conservatório Brasileiro de Música e produziu uma obra de
cunho acentuadamente nacionalista.
Delicado – para encerrar o trio escolheu a música do grande Waldir Azevedo, compositor e cavaquinista
conhecido mundialmente pelos sucessos: “Brasileirinho”, “Delicado” e “Pedacinhos do Céu”.